sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

É isso aí!
Serei teu amigo, se você quiser.
Serei teu espelho, teu ouvinte,
às vezes até teu informante.
Estarei do teu lado e ao mesmo tempo
bem aqui na tua frente,
com palavras que parecem nem vir
de você.
Quando quiser que eu chore, chorarei.
Que cante, assoviarei.
Que proteste, gritarei.
Que me cale, ficarei mudo.
Que aconselhe, cobrarei de você
a saída.
Que sonhe, amanhecerei.

Estou pronto para servir-lhe.
E sirvo de fuga, de encontro...
Sirvo de chão para acolher tuas
sementes e também os lixos teus.
Eu o recriminarei quando for preciso!
E se quiser me criticar, até admito.
Mas condenar não!
Sabe por que?
Porque não quero ser
uma sentença para você.
Isso é coisa para a qual
um amigo não serve.



UM POEMAMIGO
Gilberto D'Alma

Livreto 1:  "REVELAÇÃO"


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